segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Pessoas loucas da rua

Estava eu a esperar o ônibus para ir da Escola de Engenharia, num lugar não muito belo, ao Campus da UFMG. Eis que enquanto estou lá, quase perdendo a paciência com os pingos da chuva que cessara há poucas horas ainda escorrendo das marquises dos prédios, chega uma senhora de, sei lá, uns quase 80 anos, dá um leve tapa na mão de uma mulher, aperta essa mão e diz alguma coisa. Faz o mesmo com um homem que suponho ser seu marido e o filho de colo deles.

Mais do que depressa, eu reforço a minha cara de poucos amigos para que ela não faça o mesmo comigo. Não adiantou, lá veio a velha em minha direção. Bateu na minha mão, apertou de leve e me solta um "Dá glória a Deus!". Diante desta frase, a única coisa que consegui foi dar glória a Deus...

Pouco depois disso o ônibus chegou. Subi, pronta para usar meu lindo vale ganhado na AIC (uma ONG, ONGs podem dar vales!). Já na minhas mãos, o transmiti ao trocador, que olhou em minha face, olhou o vale, olhou minha face de novo e soltou:

- Esse vale só valia até novembro.

Decepção. Eu o havia perdido, fiquei tão alegre quando encontrei que não observei as letras garrafais (ok, nem tanto): Validade: novembro 2008. Portando apenas moedas no bolso, pedi para descer com medo de não ter a quantidade suficiente.

Andando por uma das partes mais feias e sujas do centro de Belo Horizonte, angustiava-me a dúvida sobre onde encontraria um caixa eletrônico para chegar ao meu segundo emprego, quando resolvo contar as moedas... R$2,25!

Foi o glória a Deus!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Desculpem pelo tamanho

Estou chegando à conclusão de que esse negócio de jornalismo não é tão desagradável quanto eu pensava. Hoje quebrei (pelo menos parcialmente) um grande tabu na minha vida devido a tão nobre profissão (cof).

Eu explico.

Eu e as outras bolsistas da Assessoria de Comunicação da Proex (onde faço estágio, para os imaginários desavisados) fomos incumbidas de fazer matérias pra manter o site atualizado durante as férias. Lá fui eu então entrevistar a coordenadora de um projeto que lida com pessoas surdas. Muito solícita ela, por sinal.

No e-mail em que acertamos nosso encontro, ela dizia pra eu procurar no bloco 03 a sala 247 do Instituto de Ciências Biológicas. Lá fomos eu e Rosali, mas ela foi almoçar na cantina. Quando chego ao ICB, qual não é minha surpresa ao notar que os blocos são designados por letras e não números?! Perguntei ao porteiro pela sala 247 do bloco 03, mas acho que ele ignorou a parte do bloco, porque respondeu que "só com a sala fica difícil, porque pode ser no bloco K ou no E... Se 'cê tiver o nome do professor fica mais fácil". Como eu tinha, ele me disse pra ir até outra portaria e perguntar pela professora lá. Quando cheguei, uma senhora me pergunta - suponho que por conta do gravador, bloco e caneta na minha mão. Que caricata, eu! - "Jessica?". Ela 'tava justamente indo deixar recado pra mim no porteiro. Enquanto caminhávamos pro local da entrevista, ela me contou que ia pedir ao porteiro pra me avisar que não estaria mais na sala 247 do bloco O3 [O, minha gente! A letra! Como não supus? Não responda.] e sim no laboratório. Eu, mais uma vez ingênua, achei que só encontraria provetas, béquers (?) e líquidos coloridos no tal laboratório... ledo engano.

Havia cadáveres no laboratório! Cadáveres! Eu, que jamais sequer fui a um velório - não conto o dia em que estava indo no açougue com minha avó e ela entrou no cemitério porque o defunto era noivo de não sei quem não sei d'aonde - na presença de quatro defuntos! Cada um estirado em uma mesa, semi-cobertos por lonas. O último, inclusive tava de bruços. Que aflição! O cara (ou a mulher, não deu pra identificar e, diga-se de passagem, eu nem queria) com a cara espremida contra a superfície!

A professora me pediu pra escolher uma mesa e me acomodar, enquanto ela resolvia algumas coisas. Alguém tem dúvidas de que escolhi a mais distante dos corpos? Que bom. Enquanto esperava ela voltar, fiquei olhando aquela cena e deu pra analisar mais detalhadamente: além dos cadáveres, ao redor da sala havia umas espécies de bacias/baldes, sei lá o que era aquilo, com partes humanas mergulhadas num líqüido que eu não sei qual é e um esqueleto completo que com certeza pertenceu a um, agora ex, ser vivente. Fora que eu acho que um dos defuntos 'tava sem um calcanhar.

Concomitantemente, percebo ao meu redor milhares (ok, talvez uns 15) de pernilongos! Aí a coceira na minha canela fez sentido. Enquanto decidia (o velho problema da decisão...) se os enfrentava com minhas poderosas palmas ou se mudava de mesa, levei mais duas picadas. Resolvi mudar para três mesas ao lado, mantendo a distância dos cadáveres e indo pra perto de um ventilador.

Lá veio a professora de volta, com uma espécie de bandeja na mão. Quando achava que já tinha visto tudo o que podia, ela começa a tirar cérebros de dentro do trem! Espetados com um monte de agulinhas. Suponho eu que pros alunos (entre os quais a namorada do Cícero!) falarem a que região correspondem. Foi nessa hora que eu cheguei à conclusão de que eu, aquela que diz que suporta uma engenharia, mas que jamais passaria sem morrer por uma faculdade de medicina, ou qualquer outra da área das biológicas, talvez conseguisse sim. No final das contas, aquilo tudo tava me lembrando o frango que a minha mãe compra no açougue. Lógico que muito menos vistoso e sem água.

Quando ela veio, me perguntou por que eu tinha mudado de mesa e eu contei dos pernilongos. Ela disse "é mesmo, aqui é cheio! Não sei como ainda não peguei dengue porque eu acho que é aedes!" E este foi, ufa, meu último susto.

Aí fizemos a entrevista. A mulher era realmente muito legal. E fez o projeto parecer também. E eu saí de lá pensando que, não fosse o vestibular, até que eu poderia fazer medicina. Só que, antes mesmo de sair do ICB, eu lembrei que as pessoas que são tratadas estão vivas e aí há uma pequena diferença...

P.S.: Ainda bem que este blog não tem linha editorial nem é jornalístico, porque se fosse, o título 'tava uma bosta!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sessão Diálogos pela vida... (peraí que fiquei na dúvida: é sessão ou seção neste caso?)

- Acho que vou largar tudo e fazer engenharia. Pelo menos dá dinheiro...
- Será que se eu entrar no kumon hoje ainda dá tempo?!

P.S.: Qual o problema com Tahoma?!

sábado, 8 de novembro de 2008

De como eu me empolgo

Hoje eu vi um programa que reacendeu minha vontade de fazer estágio na Rede Minas.

Quando entra no curso a gente tem um monte de ilusões. Algumas delas são desfeitas ao longo do tempo. Das duas uma: ou ainda sou muito caloura ou a Rede Minas realmente vale a pena. As chances de ser a primeira opção são muito maiores, mas, por ora, vamos ignorar este fato.

O programa é novo, se chama Espiral. Estreou na segunda, mas eu só vi hoje, na reprise. Não sei se vai ser sempre assim, mas os programas desse mês vão compor uma série. O presente tema é Arquitetura (ai de quem disser que eu só gostei por causa da relação, digamos, passional, que tenho com esta arte!). Depoimentos de arquitetos de todo o Brasil, acerca de questões centrais relacionadas ao assunto, se intercalavam com cenas de filmes, clipes musicais e imagens artísticas - devidamente "trilhasonorizadas" - que ilustravam o que era falado. Totalmente "o meio é a mensagem"!

Não sei se é porque muita coisa do que apareceu eu conheço - e gosto! - mas fiquei bastante empolgada (passou uma cena de Vanilla Sky, inclusive, Patrícia!). É exatamente uma das coisas com as quais eu seria muito feliz em trabalhar, suponho.

Quando eu estiver pra lá do 6° período, porque isso é exigência lá, e tiver esgotado as possibilidades de dentro da UFMG, vou tentar fazer estágio na Rede Minas. Espero que o "pagam mal" da estagiária que guiou a gente na visita técnica que fizemos no 1° período não seja tão mal assim...

P.S.: Prometo que este é o último post relacionado a faculdade, trabalho, carreira, blablablá whiskas sachê, em um tempo. Obrigada.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Preguiça

Marquei um xis no Jornalismo, que Deus me ilumine.

Não tenho nada contra a profissão em si, acho até legal, mas definitivamente, não tenho o espírito de vamos salvar o mundo das cáries! que habita a maioria dos estudantes dessa habilitação.

Aliás, ô povinho chato, viu?! Não necessariamente enquanto seresumanos (e nem são todos, apesar de ser a maioria esmagadora), mas sei lá enquanto quê!

O que me irrita é a mania que eles têm de achar que são muito importantes/vão fazer algo muito extraordinário. Nem, que preguiça, viu! É a expressão que sempre vem à minha cabeça...

Não sei se isso é mal de calouro (Jesus, faça com que seja!), porque não tenho contato com o povo mais avançado no curso, mas torço pra que esse pessoal caia na real um dia.

Ass.: a dona da verdade, né?! Mas, sei lá, o blog é meu e eu falo o que eu quiser, beijos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dúvida cruela:

Prezados Alunos;

Dando início ao processo de matrícula para o próximo semestre (2009/1º), solicitamos aos alunos de 2007 e anos anteriores que ainda não solicitaram vinculação de habilitação no Curso (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas ou Radialismo) que retirem na página do curso o formulário de opção e que o entregue no Colegiado até o dia 29 de outubro de 2008
.

E agora, como fas//?

Eu entrei no curso sem saber que habilitação escolheria. Utopicamente, já queria trabalhar com TV, rádio e mídias eletrônicas em geral, mas nunca tive certeza sobre ter ou não diploma de Rádio e TV.

Muita gente trocou escolha desde o início. Eu quis agregar mais, ao invés de abrir mão. É o velho problema da dificuldade com escolhas já anteriormente citado aqui.

Estou indo para o 4° período e continuo completamente perdida. Deveria me preocupar?

Por ora, acho que devo me dedicar aos desenhos de AutoCAD que minha mãe insiste que eu faça. Dia 29 ainda tá longe...

sábado, 25 de outubro de 2008

Novo Layout

Depois de muito tentar e muito desistir, consegui chegar a um layout mais visualmente aprazível.

Vamos ver se isso me estimula a postar mais freqüentemente, né?!

Galera de caubói invisível, quero opiniões...

Grata.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Comida é pasto... NOT!

Eu já morei no CEFET. Atualmente tenho morado no Campus Pampulha da UFMG. Não literalmente, infelizmente, porque ainda não tomo banho na Belas Artes nem durmo no ComuniC.A. mas tenho alguns períodos pela frente e, caso a Fump demore muito a me aceitar, eu pretendo fazer isso. Pelo bem do meu cabelo, entre outras coisas.*

Mas não é disso que eu vim falar. Eu vim falar de comidas. Talvez uma em especial, na verdade.

Hoje eu elegi, em definitivo, a cantina da Escola de Belas Artes a melhor cantina do Campus. Melhor custo-benefício, melhor macarrão que não é o de mamãe, melhor omelete com presunto, queijo e tomate, Elma Chips Sensações de Frango Grelhado (*___*) mais barata e, minha mais recente descoberta, melhor açaí! Tá, que pelo que eu pesquisei na região mais central, é o único, mas não é por isso que deixa de ser o melhor.

É servido totalmente sem cerimônia: nada de recipiente de louça, nem colher de metal. É tudo prástico. Mas que delícia! Muito bom mesmo, dos melhores que já tomei e tem um preço razoável.

A única coisa semi-ruim é que ele me fez lembrar que eu odeio o Chimbinha** por ter ido a Carajás e não ter trazido meu estoque de açaí, mas enfim...

P.S.: Em breve, post sobre Elma Chips Sensações de Frango Grelhado e a plenitude.

*A água da cidade onde eu moro é assaz calcária e isso faz um mal pro cabelo, menina! Acho que pro meu faz particularmente mais.
**Vulgo Caio Lemos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Oi, povo.

Apaguei a "Historinha". Tudo bem que depois de 300 anos todo mundo que potencialmente a leria já deve tê-lo feito, mas não quero falar de coisas frívolas [/Patrícia] no meu blog.

Entretanto, não sei sobre o que quero falar. Eu não queria abandonar o Tratado, mas sempre que penso em postar, não consigo achar assunto (exceto agora, nesse post metalingüístico).

Metalingüístico é uma palavra bonita. Pena que a trema em breve já elvis, se é que isso não já ocorreu. Eu gosto tanto da trema. Eu nem sabia que ela existia. Por que não ensinam trema nas escolas?! Na verdade, pensando bem, acho que é substantivo masculino, mas quem liga? Agora que ela está partindo isso nem faz diferença...

Trabalhos de folclore, quem lembra?! Todo ano tinha e eu adorava! Mas dava um trabaaaalho. Tinha que sair procurando livro na biblioteca, tirando cópia no carbono de gravura, copiando trava-língua, receitas milenares, lendas. As lendas eram o mais legal! Refletindo esse final de semana, cheguei à conclusão de que a internet (que eu amo e venero) tirou toda a graça dos trabalhos de folclore. Agora é só jogar no oráculo e mandar imprimir. As crianças do século XXI vão perder uma fase deveras interessante da vida em decorrência disso, mas nem vão sentir. Queria saber o que vai aparecer nas conversas desse povo quando eles forem mais velhos e quiserem lembrar bons momentos da infância. Sinceramente, não tenho idéia. Mas alguma coisa vai ter, sempre tem...

Enfim, vou partir. Tchau, povo.

P.S.: Tô aqui, Pedro Célio! =D

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Minha irmã não sabe dormir

Ok. Eu assumo: voltei a dormir de calça jeans (olha eu fazendo coisa que não devia de novo!). Mas é que ultimamente, com essa falta de internet, eu deito pra fazer uma leitura leve - leia-se revistinhas da Turma da Mônica - e, quando vejo, estou "cochilando". E esses cochilos costumam durar até as duas, três da madrugada - é por isso que estou postando agora, às 04h09. Acabei de acordar de um desses cochilos.

Mas isso não vem ao caso. Eu quero falar é sobre a falta de logística da minha prezada irmã quando esta é a última a dormir:

A gente divide o quarto.

Quando sou eu a última a dormir, eu - muitas vezes, mas não sempre - troco a calça jeans por algo mais confortável, pego algo para me cobrir no guarda-roupas e, caso esteja sem, pego pra ela também. Tiro qualquer coisa que possa ser um incômodo da minha cama, apago a luz e ponho a TV na função de desligar. Trinta segundos depois estou dormindo o sono dos justos.

Minha irmã não.

Ela simplesmente liga a televisão e deita.

Ontem ela fez isso e, quando fui pedi-la para tirar seus papéis de cima da minha cama e pôr a televisão na função desligar para que eu não acordasse com a voz da Betty Faria na Sessão Brasil novamente (não que isso fosse acontecer, afinal Sessão Brasil é só segunda) ouvi palavras deveras agressivas e impolidas.

Ela também não aceita críticas.
Nem ousei mencionar a luz. Achei melhor virar pro canto e dormir, mesmo estando de calça jeans...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

11º mandamento: Jamais compararás as pessoas às quais estimas a cremes - por mais miraculosos que eles possam ser.

Eu não sou parâmetro.
Isso não é novidade, mas estou repetindo pra ver se entra na minha cabeça: eu-não-sou-parâmetro!
Não é porque eu gosto de certa coisa que todas as pessoas do mundo gostariam.
Comparar alguém de quem você gosta com um creme - mesmo que seja o Barro Minas - não é elogioso, muito menos lisonjeiro!
Daqui pra frente vou me policiar mais, prometo.
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(como assim não quer postar meu espaço entre dois assuntos?! Taco ponto também!)
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No mais, só contar que Vespasiano agora tem mendigo, olha que tristeza! Assim, sempre teve o Mucuia, mas esse é mais um patrimônio cultural do que um mendigo. Ele só fica andando pela rua tirando o chapéu e mastigando pão que as pessoas dão. As pessoas, aliás, dão até banho nele às vezes...
Esse novo é mendigo mesmo, fica deitado na calçada com cara de sufrimento e pedindo esmola como manda o figurino.
Registro aqui o meu pesar. Obrigada.
P.S.: Olha! As tags são todas com 'm'!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sobre como quase desenvolvi uma técnica.

Pra não ser expulsa do tratado, mas também não sofrer muito em busca de inspiração, vou adotar a política de posts curtos e seja o que Deus quiser. Desculpem caros leitores invisíveis que decepcionei. A partir de hoje, volto à ativa.

Terça-feira, dia 12 de agosto de 2008 foi, até agora, o pior dia do ano, para mim. Uma série de frustrações consecutivas - que já não vêm ao caso, até porque já as esqueci. Quarta já veio, já melhorou um bocado e hoje estou saltitante! (tá, nem tanto. Mas já saí da lama)

O que importa é que, no auge do arraso, tentei desenvolver uma técnica: aumentar o volume do mp3 ao máximo de forma que a música abafasse meus pensamentos.

Funcionou! Mas só durante as duas primeiras músicas... depois, acho que meu cérebro percebeu e aumentou o volume dos pensamentos...

Sem idéia de como encerrar, apenas direi "oh, glóória...!", em homenagem a meu ilustre amigo Lucas Amaral, de quem estou com saudades!

OH, GLÓRIA...!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

It would be such a pitty...

Bem, já passou da hora de tirar aquele post piegas (porém fidedigno) do topo. Pensei em contar a Crônica da Panfletagem ou a Saga do Concurso da Caixa, mas decidi deixá-las para depois (que Pitty não me leia).

Por ora, falarei sobre: a jornada dupla de trabalho.

Pois é, estou fazendo jornada dupla de trabalho... em plenas férias! Não entendi o porquê dessa exclamação, uma vez que, se eu estudo, pra fazer jornada dupla pressupõe-se férias, mas agora que eu já pus, vou deixar.

Acordo por volta das 7h, 7h15min. Nunca consigo ficar pronta a tempo, e isso independe de eu secar o cabelo ou não, apesar de eu tentar me convencer de que a minha falta de habilidadh, habilidadch, habilidad [maísa mode off] é a grande culpada. Tenho planos de comprar um relógio pra pendurar na porta do banheiro, mas depois, sinceramente, depois de uma vida inteira de não conseguir ficar pronta, eu duvido que funcione.

Enfim, chego no meu primeiro estágio às 8h40min, e fico fazendo nada até minha chefa chegar (exceto quando ela deixa alguma tarefa, mas isso é ligeiramente raro). Depois que ela chega, fico esperando a delegação (?) de alguma ordem. Às vezes ela vem, às vezes não. São coisas relacionadas a plantas, cortes, pilares, vigas, lajes, painéis, obras, orçamentos, levantamentos etc., só a título de curisidade mesmo.

Depois eu almoço e me dirijo ao ponto de ônibus, meu segundo lar. Chego por volta das 14h10min em meu segundo estágio: TV UFMG. Isso porque o bonito do motorista do ônibus se nega a parar em frente à portaria do campus, dessa forma eu conseguiria chegar às 14h07min...

Pois é, estou trabalhando em uma TV. Eu, a pessoa que deve ter passado pelo menos um terço da vida em frente a uma televisão, estou trabalhando em uma TV! E, graças a Deus, estou achando ótimo! Até ligar de para as pessoas eu estou gostando (apesar de não saber falar). Aliás, o que eu faço é, basicamente, ligar para pessoas e procurar coisas no Google e mandar e-mails, mas tá muito divertido!

Saio de lá pouco depois das seis e, em tese, teria de pegar o ônibus das 18h30min, mas, por motivos diversos, isso ainda não aconteceu. Semana que vem, quem sabe (que Pitty não me leia [2]).

Ao chegar em casa, eu sempre tenho intenções de entrar no msn para ter um relaxing time with my friends, mas tenho uma irmã controladora, que sempre acaba estragando meus planos. Quando ela finalmente libera o computador, todos já se foram. Uma pena.

Não tinha a intenção de tornar este blog um diário, mas hoje, isso foi o que eu tive vontade de escrever, logo o fiz.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Oops...

Felicidade é momento, é efêmera, blablablá whiskas sachê, mas que bom quando a gente tá feliz!
Tenho que me conter pra não fazer a idéia de que isso vai passar atrapalhar e acabar acabando antes da hora, mas até que tô conseguindo satisfatoriamente.

Engraçado como que aumenta à medida que as pessoas de quem a gente gosta vão ficando felizes também...

E como é desagradável ver quem a gente gosta numa fase ruim...

Nota: ficou tão pãtz esse, mas nem-li-go!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Não vou falar da japinha (pelo menos por enquanto)

Estou vendo a parte que me cabe desse latifúndio [morte e vida severina mode off] do Tratado do Terceiro Andar (ainda que eu prefira o nome Pacto Interestudantil dos Blogueiros da Comunicação) se esvair, pois não consigo cumprir minhas metas de postagem.

O motivo é simples: eu não me sinto segura o suficiente pra postar sobre nada. Seja o assunto algo de que eu goste ou não, eu sempre acho que não há um mínimo de linearidade para que as pessoas entendam o que eu quero dizer.

Foda-se.

A partir de hoje, este blog que já não tinha linha editorial, perdeu completamente qualquer foco que poderia ter e eu vou simplesmente escrever o que vier à minha cabeça, obrigada.

Começando agora: estou no estágio, mas que vida mansa a minha! Dei uma sorte do cacete - aliás, da sorte é que eu não posso reclamar nos últimos tempos - de encontrar alguém disposta a contratar uma recém-formada em Edificações, que faz faculdade de Comunicação Social e que, além disso, tem o horário mais louco e absurdo. Melhor ainda é que eu adoro (tá, nem tanto, mas simpatizo com) meu serviço e só pra ficar às margens de estragar ele não me sobrecarrega, não me deixa com cansaço psicológico e, esporadicamente, eu passo as tardes pendurada no msn, ou postando no blog, como hoje.

A vida definitivamente não é fácil, mas tem momentos deveras agradáveis.

Jeff Buckley é legal, né?! Ainda não posso dizer que ele é meu vício do momento, mas é um semi-vício. Ver seu DVD (e, consequentemente, ele em movimento) me fez ficar mais triste por sua morte. Ele parecia um cara legal.

Acho que hoje vou conseguir ver o melhor programa da TV Globo: Malhação. Sério, não tem nada melhor. As atuações, o roteiro, o povo sem uniforme no ensino médio, enfim, a verossimilhança! Será que a gravidez da Angelina vai até o fim? Porque é sempre assim, né, sempre são gravidezes (?) de risco e nunca vão até o fim.

Essa temporada de Malhação, além dos musicais, tá sendo muito inovadora (sério!), porque normalmente é a vilã que fica grávida do mocinho, o que faz com que este se afaste da mocinha. Só que até o final da temporada a vilã perde o bebê e o mocinho e a mocinha podem casar, viajar pros Estados Unidos, ajudar no Amparo Social e cantar na Vagabanda felizes e plenos.

Tudo em Malhação costumava ter padrões mais fixos em relação a essa temporada. Começava sempre com dois vilões: um garoto (palavra frequentemente usada como insulto, ex.: Cala sua boca, garoto!) e uma garota apaixonados doentia e respectivamente pela mocinha e pelo mocinho. Com o tempo, o garoto, que na maioria das vezes é um bundão, só sabotava os mocinhos sob influência da super malvada e ardilosa vilã até que, finalmente, aparecia uma nova personagem no elenco pra fazer par com o pseudo-vilão e a garota realizava suas sabotagens apenas com a ajuda da melhor-amiga sonsa/falsa. Sempre tinha o suuper engraçado (cof) amigo da galhera que não pegava ninguém (vide Mocotó, Cabeção, Rafa...). E os figurantes - esses ainda persistem - que sempre caem na pilha (meu Deus, que expressão é essa?! Desculpe, não consegui achar uma melhor) da vilã e julgam a mocinha que sempre é inocente, mas foi vítima de um plano maligno infalível...

Ai, adoro Malhação. Em breve post sobre TV Fama.

domingo, 1 de junho de 2008

Vida difícil

Tentei falar sobre a metafísica... frustrei.

Tentei falar sobre Malhação... frustrei.

Pretendo ter um diploma de graduação em Comunicação Social/Jornalismo. Espero superar as adversidades, amém.


Motivos pelos quais eu gosto das músicas da Kate Nash:

· Costumam ter pianos bastante agradáveis;

· Algumas não fazem o menor sentido;

· Ela tem um sotaque legal;

· Ela conta historinhas.


P.S.: Este post foi meramente para eu não ser expulsa do Tratado do Terceiro Andar, prometo me empenhar mais nas próximas vezes, obrigada.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pergunta:

Uma pessoa que passa aproximadamente duas horas e dez minutos em uma biblioteca e não consegue resumir um texto de aproximadamente oito páginas...










é normal?

domingo, 18 de maio de 2008

Sobre participar de algo para o qual você não foi convidado e escolhas e a preguiça

15 de maio de 2008, à tarde:

um grupo de estudantes de Comunicação Social da UFMG decide, na FAFICH, fazer um pacto (o Tratado do Terceiro Andar, ou o Pacto Interestudantil dos Blogueiros da Comunicação) entre si: cada um terá um blog e não o deixará morrer.

OK, eu não estava lá, mas resolvi pegar o bonde.

A idéia inicial era eu fazer um novo, mas aí entra a segunda parte do post: a minha dificuldade em fazer escolhas.

Pra fazer um novo blog eu teria de escolher um novo nome, novas cores, nova tipografia etc. e isso não seria bom, porque eu devo ter algum tipo de egoísmo crônico que me impede de fazer escolhas - ou pelo menos me faz gastar mais tempo nelas do que as pessoas normais. Eu custo a abrir mão de alguma coisa, por mais inútil que ela seja.

Optei (ai!), por fim, por ressuscitar este aqui mesmo, que fiz há algum tempo, por dois motivos: o primeiro post - que está tosco, mas tudo o que eu escrever aqui, acharei tosco após um tempo (talvez até bem curto) - porque é antigo e eu me apego muito fácil e quanto mais o tempo passa, maior o apego, logo, tenho um apegão por ele e não quero perdê-lo.

O segundo motivo é que eu teria que escolher tudo de novo.

Eu não faço idéia do porquê desse nome. Pode ser pra lavar roupa suja, o que é bem cliché, mas foi-se o tempo em que eu odiava clichés (só porque era tendência). Ainda tento fugir deles, mas se não der, nem ligo. Mas, também pode ser porque meu sonho (um dos) é que no Brasil tivesse (ao meu alcance) aquelas lavanderias de fichinha que eu vejo em filmes e seriados americanos. Por enquanto, até que não faz tanta falta, mas quando eu deixar meu querido lar e a asa de mamãe, sei que sofrerei muito com a roupa suja...

Edit: após escrever este texto gigante (e após um ano e sete meses da fundação) descobri que o endereço deste fidedigno blog não é lavanderia.blogspot.com, como eu pensava, mas lavaderia.blogspot.com. É, sem N. Gostaria de dizer que eu quis criar um neologismo, pois não existia, em português, uma palavra que designasse o que eu pretendia transmitir através das postagens, mas não. Foi pura distração. O Blogger não aceita o N que eu tentei colocar (prova de que é o nome mesmo cliché, alguém já está usando), então, vai ficar assim mesmo.

sábado, 29 de março de 2008

Desfecho

Bom, lá se foi quase um ano e meio desde o post sobre a crase e eu resolvi contar como a história terminou:

Na fatídica prova eu já não havia ido tão mal. Fato é que vieram as seguintes e eu continuei não indo mal, ela pelo menos soube separar as coisas. Isso não a impediu de continuar me chamando de "Jessiquinha, boa no português" por todo o nosso tempo de convivência, que, graças a Deus, não foi muito longo.

Em dezembro, veio o vestibular - ela é muito interessada no desempenho dos seus alunos no vestibular, porque a matéria dela não ajuda a melhorar a performance nele e ainda toma o tempo que a gente poderia estar usando pra estudar alguma que ajude - e, que surpresa, ela quis saber do meu desempenho na prova de português "fechou, Jessiquinha?". Não, não fechei, mas fui até bem.

Resultado do vestibular divulgado: eu, aprovada, só precisava de mais dois pontos na matéria dela em mais duas provas, que totalizavam uns vinte, pra ficar livre. A primeira delas foi em grupo e ela saiu dando os parabéns a todos que tinham passado. Quando ela chegou ao meu grupo, não falei nada. Depois alguém contou e ela voltou:

Professora: Passou pra quê, Jessiquinha?
Eu: Comunicação Social.
Professora: Nossa, tão quietinha fazendo comunicação! Ela (outra menina do meu grupo, que passou pra Letras) que é comunicativa fazendo Letras e você, boa no português, fazendo comunicação!
Eu: Pois é.

Enfim, nunca mais a vi (exceto num sonho estranho em que ela me recriminava por estar roubando um iogurte), mas tenho certeza de que, se um dia nos encontrarmos, ela vai me chamar de Jessiquinha, boa no português...