sábado, 29 de março de 2008

Desfecho

Bom, lá se foi quase um ano e meio desde o post sobre a crase e eu resolvi contar como a história terminou:

Na fatídica prova eu já não havia ido tão mal. Fato é que vieram as seguintes e eu continuei não indo mal, ela pelo menos soube separar as coisas. Isso não a impediu de continuar me chamando de "Jessiquinha, boa no português" por todo o nosso tempo de convivência, que, graças a Deus, não foi muito longo.

Em dezembro, veio o vestibular - ela é muito interessada no desempenho dos seus alunos no vestibular, porque a matéria dela não ajuda a melhorar a performance nele e ainda toma o tempo que a gente poderia estar usando pra estudar alguma que ajude - e, que surpresa, ela quis saber do meu desempenho na prova de português "fechou, Jessiquinha?". Não, não fechei, mas fui até bem.

Resultado do vestibular divulgado: eu, aprovada, só precisava de mais dois pontos na matéria dela em mais duas provas, que totalizavam uns vinte, pra ficar livre. A primeira delas foi em grupo e ela saiu dando os parabéns a todos que tinham passado. Quando ela chegou ao meu grupo, não falei nada. Depois alguém contou e ela voltou:

Professora: Passou pra quê, Jessiquinha?
Eu: Comunicação Social.
Professora: Nossa, tão quietinha fazendo comunicação! Ela (outra menina do meu grupo, que passou pra Letras) que é comunicativa fazendo Letras e você, boa no português, fazendo comunicação!
Eu: Pois é.

Enfim, nunca mais a vi (exceto num sonho estranho em que ela me recriminava por estar roubando um iogurte), mas tenho certeza de que, se um dia nos encontrarmos, ela vai me chamar de Jessiquinha, boa no português...