Estava eu a esperar o ônibus para ir da Escola de Engenharia, num lugar não muito belo, ao Campus da UFMG. Eis que enquanto estou lá, quase perdendo a paciência com os pingos da chuva que cessara há poucas horas ainda escorrendo das marquises dos prédios, chega uma senhora de, sei lá, uns quase 80 anos, dá um leve tapa na mão de uma mulher, aperta essa mão e diz alguma coisa. Faz o mesmo com um homem que suponho ser seu marido e o filho de colo deles.
Mais do que depressa, eu reforço a minha cara de poucos amigos para que ela não faça o mesmo comigo. Não adiantou, lá veio a velha em minha direção. Bateu na minha mão, apertou de leve e me solta um "Dá glória a Deus!". Diante desta frase, a única coisa que consegui foi dar glória a Deus...
Pouco depois disso o ônibus chegou. Subi, pronta para usar meu lindo vale ganhado na AIC (uma ONG, ONGs podem dar vales!). Já na minhas mãos, o transmiti ao trocador, que olhou em minha face, olhou o vale, olhou minha face de novo e soltou:
- Esse vale só valia até novembro.
Decepção. Eu o havia perdido, fiquei tão alegre quando encontrei que não observei as letras garrafais (ok, nem tanto): Validade: novembro 2008. Portando apenas moedas no bolso, pedi para descer com medo de não ter a quantidade suficiente.
Andando por uma das partes mais feias e sujas do centro de Belo Horizonte, angustiava-me a dúvida sobre onde encontraria um caixa eletrônico para chegar ao meu segundo emprego, quando resolvo contar as moedas... R$2,25!
Foi o glória a Deus!
Mais do que depressa, eu reforço a minha cara de poucos amigos para que ela não faça o mesmo comigo. Não adiantou, lá veio a velha em minha direção. Bateu na minha mão, apertou de leve e me solta um "Dá glória a Deus!". Diante desta frase, a única coisa que consegui foi dar glória a Deus...
Pouco depois disso o ônibus chegou. Subi, pronta para usar meu lindo vale ganhado na AIC (uma ONG, ONGs podem dar vales!). Já na minhas mãos, o transmiti ao trocador, que olhou em minha face, olhou o vale, olhou minha face de novo e soltou:
- Esse vale só valia até novembro.
Decepção. Eu o havia perdido, fiquei tão alegre quando encontrei que não observei as letras garrafais (ok, nem tanto): Validade: novembro 2008. Portando apenas moedas no bolso, pedi para descer com medo de não ter a quantidade suficiente.
Andando por uma das partes mais feias e sujas do centro de Belo Horizonte, angustiava-me a dúvida sobre onde encontraria um caixa eletrônico para chegar ao meu segundo emprego, quando resolvo contar as moedas... R$2,25!
Foi o glória a Deus!